A biópsia renal é essencial no estudo do rim de pacientes portadores de Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) e está indicada em casos de alteração do sedimento urinário ou da função renal. Isso porque não é possível estabelecer com acurácia o quadro patológico renal baseando-se apenas nos dados clínicos e, ademais, os achado histológicos podem predizer a evolução clínica.
Os achados histológicos do LES são de espectro muito amplo e, por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu uma classificação que se vale dos achados histológicos à microscopia de luz (HE, PAS e Retículo), bem como dos achados de imunofluorescência e microscopia eletrônica (ME). Tal classificação sofreu modificações pela Sociedade Internacional de Nefrologia. (Markowitz GS, D'Agati VD. Classification of lupus nephritis. Curr Opin Nephrol Hypertens. 2009 May; 18 (3):220-5).
As imagens acima mostram um quadro de Nefrite Lúpica avançada (OMS classe IV) com lesões glomerulares tipo “alça de arame” (“wire-loop”) e abundantes imunodepósitos (C3, IgG, C1q, IgA, IgM) detectados à imunofluorescência direta.
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