domingo, 21 de agosto de 2011

Clinicopathological evaluation of in vivo epidermal nuclear fluorescence.

Clinicopathological evaluation of in vivo epidermal nuclear fluorescence.
J. X. Sousa Jr, D. Miyamoto, J. M. Zimbres, D. V. Costa and V. Aoki 
Clinical and Experimental Dermatology, 34, 314–318


INTRODUÇÃO: Os autores pretendem estudar o significado clínico da fluorescência nuclear em ceratinócitos. O critério de inclusão foram casos que mostraram positividade para a IFD (auto-anticorpos IgM, IgG, IgA) ou complemento (C3) ligados ao núcleo dos ceratinócitos.

Os autores concluíram que a presença de fatores anti-nucleares in vivo (ANAs) mostraram-se instrumentos interessantes para o diagnóstico das doenças do tecido conjuntivo (CTD), dado que, em 21 de 28 pacientes, o diagnóstico de CTD sistêmica foi confirmado, o que levou os autores a considerar que o VPP para CTD nesse estudo foi de 75%. A IFD em núcleos da epiderme é um fenômeno in vivo que pode preceder o apareceimento de doença do colágeno ou outras doenças inflamatórias/autoimunes. É útil como método complementar no diagnóstico de CTDs se correlacionada a outros achados clínicos, laboratoriais e de evolução da doença.

COMENTÁRIOS SOBRE O TRABALHO: A fluorescência nuclear em epidérmica nas reações de IFD eram consideradas um fenômeno in vitro geralmente relacionado a artefatos técnicos. No entanto, posteriormente, foram conseguidas evidências dessa ocorrência in vivo. m(1, 2) Portanto, a hipótese prévia que os ANA são fenômenos in vitro fora abandonada após a demonstração da internalização dos anticorpos pelas células vivas. (4, 5) Um mecanismo possível para explicar como os autoanticorpos penetram nos ceratinócitos é o “Fc-receptor-mediated endocytosis”. Outra hipótese seria a ligação dos auto-anticorpos a antígenos da superfíce dos auto-anticorpos com sua posterior internalização. Os achados dos presente trabalho corroboram o de outros pesquisadores (4.10.11.15) que sugerem que os auto-anticorpos.

A prevalência dos ANA in vivo varia muito conforme o foco da doença mas é frequentemente encontrada no Lupus Eritematoso Sistêmico (SLE), na doença mista do colágeno (MCTD) e na esclerose sistêmica (SS).

Usando a IFD, o ANA in vivo, principalmente com o IgG, podem ser detectados em condições auto-imunes, em pacientes assintomáticos ou com lesões. (7) O presente trabalho mostrou 3.2% de ocorrência desse fenômeno que está dentro do que se espera na literatura atula (1-10%).

RESULTADOS: De 869 espécimes com suspeita de CTD, 28 mostraram IFD+ nos núcleos dos ceratinócitos da epiderme e forma incluídos no estudo. Anticorpos antinucleares epidérmicos (ANA epidérmicos) do tipo IgG foram detectados em 26 de 28 casos. Destes 28 casos, 22 apresentaram ID apenas de IgG. Os demais 4 casos mostram associações do tipo IgA + C3; IgM apenas; IgA + IgM; e C3 sozinho. Em dois de 28 pacientes, a IF nuclear foi de IgA ou C3. 15 dos 28 paciente exibiram ID nucleares na zona da membrana basal (BMZ), sendo a IgM a mais encontrada nesses casos (12 de 15). DESTES 15, 7 exibiram um padrão misto (IgM, IgA, C3 e/ou IgG). Dos 15 pacientes com anticorpos anti-nucleares associados a depoósitos na BMZ. As doenças que se relacionaram com o ANA in vivo for a SLE (n=9); MCDT (n=3); Síndromes com superposição “overlap syndrome” (n = 3) e vasculites com sorologia anormal (n=3). Oa achados cutaneous associados aos ID de ANA in vivo são patches eritematoescamosas. Púrpura e petéquia, lesões urticariformes e bolhas. O ANA sérico foi positivo em 20 pacientes com títulos de 1:160 a 1:1280. Três pacientes que foram negativos para ANA sérico depois se positivaram em análises subsequentes.

REFERÊNCIAS CITADAS NO TRABALHO:
(1) Izuno GT. Observations on the in vivo reaction of anti- nuclear antibodies with epidermal cells. Br J Dermatol 1978; 4: 391–8. (2) Alarcon-Segovia D. Eppur penetra – proceedings of the second international conference on the penetration of autoantibodies into living cells (Part II). J Autoimmun 1998; 11: 509–10.  (3) Rodrigues CJ, Oliveira RM, Taniwaki NN et al. Epidermal nuclear immunoglobulin deposition in connective tissue diseases. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo 1990; 45: 154–7. (4) Alarcon-Segovia D, Ruiz-Arguelles A, Fishbein E. Antibody to nuclear ribonucleoprotein penetrates live mononuclear cells through Fc receptors. Nature 1978; 271: 67–9. (5) Alarcon-Segovia D, Ruiz-Arguelles A, LLorente L. Broken dogma. Penetration of autoantibodies into living cells. Immunol Today 1996; 17: 163–4.

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